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eio de 4×4 no deserto de Aruba

Natália Becattini, jornalista premiada, especialista em viagem, co-autora do 360meridianos
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Quando a gente vê as fotos do mar caribenho, nem a pela nossa cabeça que Aruba seja um deserto. Mas fique sabendo que o interior da ilha é repleto de cactos dos mais diversos tamanhos, dunas de areia, paisagem árida e cavernas subterrâneas.

Dentro dos limites do Parque Nacional Arikok, uma reserva natural que ocupa cerca de um quinto do território de Aruba, as atrações oferecidas aos turistas são bem diferentes do estilo sombra e água fresca das praias: ali, são as trilhas e os safáris que te esperam.

A melhor forma de explorar o deserto é por meio das trilhas só íveis por veículos 4×4. Diversas empresas oferecem tours guiados pela região. Saindo do centro da capital, Oranjestad, nós subimos nos jipes amarelos da De Palm Tours (eles têm guias que falam português) e adentramos a paisagem selvagem com poucos minutos de estrada e muita chacoalhada dos veículos. Mas não se preocupe, a beleza da região compensa qualquer desconforto.

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eio no deserto de Aruba

A primeira parada foi na Ayo Rock Formations, uma área de colinas e formações rochosas pouco usuais que se destacam no relevo predominantemente plano e de solo arenoso de Aruba. Ali é possível explorar um pouco a pé e escalar os montes para uma vista privilegiada da ilha.

Ayo Rock Formations Aruba

Em seguida, nós nos reencontramos com o mar e com algumas das paisagens naturais mais bonitas que eu vi em Aruba. As praias intocadas e as pontes naturais são um dos pontos altos desse eio. Esculpidas pelas ondas, essas pontes são formações comuns na costa norte da ilha. Infelizmente, a maior e mais famosa delas, a Natural Bridge, desmoronou em 2005. As que restaram, no entanto, ainda merecem uma parada para foto.

Mar de Aruba

Um pouco mais adiante, nos deparamos com as ruínas da Bushiribana, uma importante mina no século 19 que chegou a produzir, em seu auge, até 1.500 toneladas de ouro fundido. A construção fica em uma região estratégica para evitar ataques de piratas: além da vista privilegiada do mar, no local escolhido ainda é impossível para um navio atracar. A mina foi feita para se parecer com um forte militar, uma tentativa de despistar possíveis ladrões.

Ruinas mina de ouro em Aruba

Ruinas de mina de ouro em Aruba

Logo em frente fica o famoso “Jardim dos Desejos”, um área repleta de pequenas esculturas de pedras empilhadas deixadas pelos turistas. De forma bem humorada, o guia garantiu que a prática foi criada pelos viajantes e não tem nada a ver com a cultura da ilha.

Um grupo de turistas inventou a moda e vários outros a perpetuaram, até que as esculturas se tornaram parte da paisagem e um ponto de interesse na região. No entanto, como o principal mercado de Aruba é o turismo e eles não são bobos nem nada, os guias começaram a vender a ideia de que cada pedra empilhada representava um desejo que você gostaria de ver realizado. Se você é supersticioso ou simplesmente não estiver fazendo nada, pode contribuir com o jardim deixando sua própria escultura. Mal não vai fazer.

Jardim dos desejos, Aruba

Esculturas de pedras em Aruba

A última parada do eio foi na Capela de Alto Vista, a primeira igreja católica da ilha, construída em 1750. A construção está localizada em um dos pontos mais altos de Aruba e ainda hoje é um importante marco para os habitantes locais. Dali também é possível ter vistas incríveis da ilha e do mar e, dizem, também de um belo pôr do sol.

Capela em Aruba

No final, os guias nos deixaram no restaurante El Faro Blanco, que serve comida italiana e tem vista para a praia. O eio durou 4 horas e custa cerca de US$100. O preço inclui lanches e água, mas o almoço é pago separadamente.

*A blogueira viajou a convite da Pullmantur Cruzeiros

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Natália Becattini, jornalista premiada, especialista em viagem, co-autora do 360meridianos
Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade há mais de 14 anos. Desde 2010, produzo conteúdo sobre turismo cultural e experiências locais ao redor do mundo, com foco em narrativas autorais, sustentabilidade, imersão e o lado B dos destinos visitados. Fundadora do blog de viagens 360meridianos, também compartilho histórias na newsletter Migraciones , no Youtube e no Instagram. Desde 2024, sou Top Voice no Linkedin por meus insights sobre jornalismo, viagens, nomadismo e produção de conteúdo. Meu trabalho já foi destaque em veículos como Viaje na Viagem, TV Brasil, Exame, Correio Brasiliense, O Tempo, JC Online e Rock Content.

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