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Museu do Futebol, em São Paulo: como é a visita

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Diz uma das zombarias máximas do futebol – usada contra aqueles que torcem para times que não ganham nada há muito tempo (tipo o meu) – que quem vive de ado é museu. Já que é assim, em São Paulo, as arquibancadas do Pacaembu guardam um de primeira grandeza, digna de todas as conquistas e vexames que só o futebol brasileiro é capaz de dar. Estive algumas vezes no Museu do Futebol da capital paulista, a última delas no final de 2016. E nunca recuso um convite para voltar lá.

É que o Museu do Futebol é, pra mim, o melhor de São Paulo. E olha que adoro também o Museu da Língua Portuguesa, que foi fechado para reconstrução após o incêndio de 2015. Mas falemos de bola: o primeiro destaque é a localização. Inaugurado na década de 1940, época em que era o maior estádio do país, o Pacaembu fica na Zona Oeste de São Paulo, relativamente perto da Avenida Paulista. Foi, durante décadas, o principal palco do futebol na cidade e um dos mais importantes do país – o Pacaembu recebeu a Copa de 1950, testemunhou duas finais de Libertadores e decisões de títulos do Campeonato Brasileiro.

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museu do futebol, são paulo

Com a Inauguração do Itaquerão, o Corinthians, time que mais atuou no Pacaembu, fez as malas e se mudou dali, deixando o estádio subutilizado. Como os jogos se tornaram mais raros, hoje boa parte do movimento que se vê por ali é do Museu do Futebol, que pode ser ado pela portaria do Pacaembu. O ingresso custa R$ 10  e há meia entrada para estudantes e idosos.

Inaugurado em 2008, o Museu ocupa uma área de quase 7 mil metros quadrados, tudo embaixo das arquibancadas do estádio. Que estão ali, visíveis, justamente para tornar a experiência ainda mais interessante, uma porta de entrada para os bastidores do esporte mais popular do planeta. No térreo fica a Grande Área, primeira sala do museu e que guarda flâmulas e bandeiras de vários times brasileiros. Basta subir a escada para dar de cara com o Pelé – quer dizer, uma gravação do Pelé – dando boas-vindas ao Museu.

museu do futebol

A coisa começa a ficar legal mesmo é na sala Anjos Barrocos, que conta com painéis de 25 jogadores ou jogadoras que fizeram história no futebol brasileiro: Romário, Ronaldo, Zico, Garrincha, Marta e, claro, o próprio Pelé são alguns deles. Outra ponto alto é a Sala Gols, em que é possível ver gols famosos e depoimentos de jogadores, jornalistas e outros profissionais. Ao lado fica a Sala Rádio, em que você escolhe um gol e ouve a narração – são vários momentos marcantes, de Copas do Mundo a gols de times nacionais.

Mas nenhuma parte é mais impressionante que a sala Exaltação, que fica no ponto em que a estrutura da arquibancada é mais evidente. Gritos, cantos e as cores de dezenas de equipes do Brasil. Um telão exibe um vídeo com as torcidas dos mais importantes clubes brasileiros – muita gente fica por ali um tempão, esperando aparecer a torcida do seu time.

A história do futebol é foco de outra sala, enquanto a seguinte exibe um filme com o Maracanaço, a derrota do Brasil para o Uruguai, no Maracanã, durante a Copa de 1950 – falta fazer uma semelhante para o 7 a 1, né?

visita museu do futebol

Por falar nisso, a Copa de 2014 e a derrota brasileira também têm destaque, claro. É na Sala Copa do Mundo, em que cada competição, desde 1930, tem um espaço com informações, vídeos e momentos marcantes. Pelé e Garrincha também têm uma sala para eles, assim como as curiosidades futebolísticas – você sabe qual foi o gol mais rápido do esporte? Ou o jogo do campeonato brasileiro com menor público?

E como estamos falando de um museu dentro de um estádio, é claro que é possível ver o gramado do Pacaembu, em algum momento. E você só vai para casa sem dar um chute a gol se quiser.  Na saída do museu há uma parte interativa em que o visitante pode bater um penalty e descobrir a velocidade do próprio chute – tente pelo menos não errar o gol.

visita museu do futebol

Museu do futebol: serviço

O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, dentro do Estádio do Pacaembu, em São Paulo. O telefone para contato é 11 3664-3848. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com a bilheteria fechando uma hora antes do encerramento. O horário pode sofrer alterações em dias de jogos, por isso consulte o site oficial. A entrada custa R$ 10 e são aceitos cartões.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por . Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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